~ Aline Barros é aplaudida de pé em seu retorno à MK Publicitá
Bomba no mercado evangélico. A cantora Aline Barros, depois de passar praticamente toda a carreira solo na AB Records, gravadora de seu pai, pastor Ronaldo Barros (AB são as iniciais do nome da filha), assinou contrato com a MK Publicitá. O acordo, feito no dia 4 de março, é de três anos, renováveis por mais 12, e prevê inicialmente três discos. O primeiro deve sair no final de 2004.
“Já tenho em mente algumas músicas, mas quero fazer o melhor. Vou pesquisar mais o repertório. Tenho certeza que Deus vai me direcionar”, disse Aline, em entrevista exclusiva ao UNIVERSO MUSICAL, ainda na sede da gravadora, no Rio, momentos após a assinatura do contrato.
A presença de Aline na MK, no entanto, não é novidade. A cantora pertenceu ao cast da gravadora quando era vocalista da Comunidade Evangélica da Vila da Penha, onde iniciou a carreira. Pela MK, o grupo lançou dois discos, além de participar de algumas coletâneas (como a famosa Louvor de Todos Nós), de onde saíram sucessos como Rei dos Reis e Consagração.
Para a presidente do Grupo MK de Comunicação, Yvelise de Oliveira, trazer Aline de volta foi como reconciliar-se consigo mesma. “Não sei por que não fiz o convite quando ela partiu para a carreira solo. Trazer a Aline para cá foi um projeto meu, não da MK. Tê-la conosco nos enriquece muito, tanto espiritualmente quanto profissionalmente. Faremos o possível e o impossível para que o talento dela, que não foi bem explorado ultimamente, seja colocado para fora. Aline é uma adoradora e certamente vai abençoar muitas vidas”, diz Yvelise, ressaltando o carisma da cantora entre o povo evangélico. “No momento da assinatura do contrato, a MK inteira, espontaneamente, ficou de pé e bateu palmas. Trazê-la foi uma vitória da gravadora.”
As negociações entre Aline Barros e MK Publicitá levaram seis meses. Yvelise conta que não foi nada fácil convencer o pastor Ronaldo a liberar a filha. “Achei que seria impossível. Mas acredito que a Aline veio, em primeiro lugar, porque foi da vontade de Deus, e, em segundo, porque foi vontade dela mesma. Valeu também a minha insistência. Sou fã da Aline desde que ela tinha 14 anos”, revela a empresária.
Ronaldo Barros concorda que foi duro se desfazer do carro-chefe de sua gravadora. “É difícil perder uma cantora do quilate da Aline. Mas eu nunca vou abrir mão do lado ministerial dela por questões comerciais. A Aline precisava crescer, e na AB Records não tinha mais como. Algumas vezes o pai e o empresário se misturam, mas em outras prevalece o pai”, afirma Ronaldo.
Apesar da dor da perda, o pastor acredita que há pontos positivos para a sua gravadora com a saída de Aline. “A AB Records nasceu como suporte para a carreira de Aline. Mas nós precisamos ter vida própria. O vínculo sempre existirá, até por causa do nome da gravadora, só que agora teremos que encarar uma nova realidade. Não temos mais um grande nome, mas continuaremos investindo nos novos talentos, como sempre fizemos”, diz Ronaldo, citando o caso de Nádia Santolli, que, segundo ele, poderá ir para a MK.
De atriz principal a coadjuvante
Pela AB Records, Aline Barros gravou 12 de seus 15 discos solo – somente o primeiro, Sem Limites, e dois em espanhol, Mas de Ti e El Poder de Tu Amor, gravados nos Estados Unidos, não foram lançados pela gravadora. Também foi pela AB que Aline lançou dois CDs infantis de grande repercussão, gravou ao lado de Cid Moreira e obteve uma vitoriosa carreira internacional, cantando e pregando em igrejas do mundo todo, incluindo na maior do planeta, na Coréia do Sul. Até no Vaticano a cantora foi convidada a ministrar. Seus dois últimos discos pela gravadora de seu pai foram um ao vivo, com 14 de seus principais sucessos (incluindo o hit Fico Feliz), e Fruto do Amor, com 11 faixas inéditas.
Aline reconhece que tudo o que conquistou na carreira foi graças ao pai, mas acredita que estava na hora de dar novos ares à sua carreira. “Você nunca pode achar que está bem; deve sempre almejar o melhor. Na AB Records as coisas estavam caminhando, mas eu precisava de mais. Orei muito para tomar esta decisão, pois eu sempre trabalhei em família. Mas creio que está nascendo um novo tempo em minha carreira. Já me sinto em casa”, diz Aline.
Uma casa bem diferente à que Aline estava acostumada. Na AB Records, ela era a grande e única estrela – a maior parte dos investimentos em mídia e marketing eram destinados à cantora. E agora, como será fazer parte de uma gravadora na qual trabalham alguns dos maiores astros da música evangélica, como Cassiane, Fernanda Brum e Marina de Oliveira? Será que Aline estará preparada para esta nova realidade?
“É uma situação nova, mas não me preocupo com isso. Não vim roubar o espaço de ninguém. Eu já tenho o meu espaço”, garante-se a cantora. “Vim para a MK porque quero promover mais o reino de Deus e porque sei que aqui posso ir muito mais longe. Não preciso ter vaidade. Aliás, peço a Deus que nunca permita que eu tenha esse tipo de sentimento.”
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